Lágrimas






Eu chorei tanto.

Tanto.
T
A
N
T
O.
Que não fui eu quem escolhera as lágrimas, mas ao contrário. Aquela água salgada carrega com tristeza me afogou em uma nostalgia tão intensa que eu me perdi no caminho da volta. E permaneço presa até esse momento.
As lágrimas continuavam a me perseguir -dentro de mim- como as nuvens carregadas em um dia nublado e abafado; prestes a chover e iniciar uma tempestade. E por mais que eu sentisse que chovia dentro de mim, eu não podia sentir as lágrimas salgadas correrem por meus olhos.
Ah! Eu não sabia mais como era aliviar externamente a dor que queimava, corria e me machucava por dentro. Havia dor. Havia tristeza. Havia confusão. Mas não havia lágrimas; não fora de mim. Eu chovia e chovia. A tristeza inundava meu peito e eu me afogava em um turbilhão de emoções que eu era obrigada a engolir.
E eu continuo a esperar que esse fenômeno passe. Continuou a esperar que a luz irradie por essas nuvens e um arco íris me faça erguer o rosto para as cores tão belas.
Mas enquanto isso eu chovo mais uma vez.

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